Para muitos, ser cheio do Espírito Santo é um assunto vago e místico.
Não há uma ideia clara e definida na mente das pessoas em relação a
isso, além do fato de haver muitos ensinamentos errados sobre esse
ministério do Espírito. Não admira que os cristãos sejam confusos quanto
a esse assunto.
Em primeiro lugar, ser cheio do Espírito deve ser diferente de Seus outros ministérios:
A habitação
Isso significa que a Terceira Pessoa da Trindade mora, literalmente, no
corpo de cada crente. Nosso corpo é o templo do Espírito.
O batismo
O batismo é o ministério do Espírito que coloca uma pessoa no corpo de
Cristo no momento em que ela crê. A partir de então, ela se torna membro
da Igreja Universal.
O selo
Um selo é uma marca de posse e segurança. Deus Espírito marca o crente
como sinal de que pertence ao Senhor e está seguro por Ele.
O penhor
Isso significa um sinal ou garantia. Alguns o comparam com a aliança de
noivado. Tão certo como a pessoa possui o Espírito, ela também receberá,
um dia, a herança por completo.
A unção
No Antigo Testamento, reis e sacerdotes eram ungidos com óleo em um rito
inaugural. Da mesma forma, o Espírito nos unge como sacerdotes reais. A
unção possui um significado adicional em 1 João 2.27. O ministério de
ensino do Espírito nos permite distinguir a verdade do erro.
Todos esses ministérios do Espírito acontecem no momento em que uma
pessoa é salva. Eles são automáticos. Não exigem qualquer cooperação por
parte do novo crente. Não há condições a serem satisfeitas. São
experiências definitivas.
Ser cheio do Espírito é diferente. Na verdade, no Novo Testamento, há duas formas de sermos cheios.
Ser cheio do Espírito é diferente. Na verdade, no Novo Testamento, há duas formas de sermos cheios.
Primeiro, um crente pode ser cheio do Espírito
soberanamente para alguma obra especial. Assim, lemos que João Batista
foi cheio do Espírito Santo no ventre de sua mãe (Lc 1.15b). Dessa
maneira, Deus o preparou para ser o precursor do Messias. É possível que
essa palavra tenha sido usada nesse sentido na maioria das ocorrências
no livro de Atos. Foi assim que os discípulos foram cheios do Espírito
Santo como preparação para a vinda dEle no Pentecoste (At 2.4). Pedro
foi cheio do Espírito, pois precisava ser equipado a fim de ser
convincente na transmissão da mensagem às autoridades e aos cidadãos
comuns (At 4.8). Pedro e João foram cheios a fim de proclamar a Palavra
de Deus com intrepidez (At 4.31). Saulo foi cheio do Espírito para
pregar de Cristo em Damasco (At 9.17,22). Depois, ele foi novamente
cheio para denunciar Elimas, o mágico (At 13.9). Pelo menos algumas
dessas ocasiões em que as pessoas foram cheias do Espírito foram
temporárias e não houve exigências a serem satisfeitas para que isso
ocorresse.
Segundo, há uma forma de sermos cheios do Espírito para a qual há condições. É isso que encontramos em Efésios 5.18. Não é algo pelo qual você ora, mas uma ordem à qual obedece. É claro na língua original do Novo Testamento que o significado desse versículo é: “Sejais continuamente cheios”. Trata-se de um processo contínuo, não de uma realização. Não é uma experiência emocional, mas uma vida de santidade constante.
Segundo, há uma forma de sermos cheios do Espírito para a qual há condições. É isso que encontramos em Efésios 5.18. Não é algo pelo qual você ora, mas uma ordem à qual obedece. É claro na língua original do Novo Testamento que o significado desse versículo é: “Sejais continuamente cheios”. Trata-se de um processo contínuo, não de uma realização. Não é uma experiência emocional, mas uma vida de santidade constante.
Paulo escreveu: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução,
mas enchei-vos do Espírito”. Por que ele mencionou algo tão ruim quanto
a embriaguez juntamente com o nosso dever de sermos cheios do Espírito?
Provavelmente porque há algumas semelhanças e diferenças evidentes
entre as duas coisas. Primeiro, as semelhanças. Em ambos os casos, a
pessoa está sob um controle externo. Na embriaguez, ela está sob o
controle da bebida alcoólica chamada, às vezes, de “espíritos”. Ser
cheio do Espírito significa que ela está sob o controle do Espírito
Santo. Em ambos os casos, é possível saber quem a controla pela forma
como anda: o bêbado cambaleia a esmo; a pessoa cheia do Espírito anda
separada do pecado e do mundo. Em ambos os casos, é possível saber quem a
controla pelo modo como fala: a fala do alcoólatra é enrolada e
profana; a fala do crente é edificante e exalta a Cristo.
Também há duas diferenças. Quando se está embriagado, há perda do
autocontrole; quando se está cheio do Espírito, não há perda do
autocontrole. Quando se está embriagado, há uma menor resistência ao
pecado; quando se está cheio do Espírito, a resistência é maior.
Lembrei-me das palavras perspicazes de James Stewart: “Se é pecado
embriagar-se com vinho, é um pecado ainda maior não ser cheio do
Espírito”.
Conforme mencionado, ser cheio do Espírito é a vida de santidade. Você a encontra sob diferentes aspectos nestas passagens:
- É o caráter de um cidadão do reino (Mt 5.1-16);
- É a vida permanente (Jo 15.1-17);
- É a vida de amor (1 Co 13);
- É a armadura do cristão (Ef 6.10-20);
- É a vida do caráter cristão (2 Pe 1.5-11).
- É o caráter de um cidadão do reino (Mt 5.1-16);
- É a vida permanente (Jo 15.1-17);
- É a vida de amor (1 Co 13);
- É a armadura do cristão (Ef 6.10-20);
- É a vida do caráter cristão (2 Pe 1.5-11).
A seguir, algumas coisas essenciais a fazer para ser cheio do Espírito:
- Confesse e abandone o pecado assim que tomar consciência dele (1 Jo 1.9; Pv 28.13);
- Submeta-se ao controle do Senhor em todos os momentos (Rm 12.1-2);
- Encha-se com a Palavra de Deus (Jo 17.17). Você não pode ser cheio do Espírito a menos que a Palavra de Cristo habite em você ricamente (Cl 3.16);
- Passe bastante tempo em oração e adoração (Rm 8.26; 2 Co 3.18);
- Mantenha-se perto da comunhão cristã, evitando envolver-se com questões do mundo (Hb 10.25; 2 Tm 2.4);
- Ocupe-se para o Senhor (Ec 9.10);
- Diga um sonoro “não” para os apetites ilícitos da carne (1 Co 9.27). Responda à tentação pecaminosa como um morto responderia (Rm 6.11). No momento de forte tentação, clame ao Senhor (Pv 18.10). Tome medidas rigorosas para evitar qualquer pecado (Mt 18.8). Fuja, não caia (2 Tm 2.22). Aquele que luta e foge sobrevive para lutar mais um dia.
- Controle seus pensamentos (Pv 23.7; Fp 4.8);
- Seja Cristocêntrico, não egocêntrico (Jo 16.14).
- Confesse e abandone o pecado assim que tomar consciência dele (1 Jo 1.9; Pv 28.13);
- Submeta-se ao controle do Senhor em todos os momentos (Rm 12.1-2);
- Encha-se com a Palavra de Deus (Jo 17.17). Você não pode ser cheio do Espírito a menos que a Palavra de Cristo habite em você ricamente (Cl 3.16);
- Passe bastante tempo em oração e adoração (Rm 8.26; 2 Co 3.18);
- Mantenha-se perto da comunhão cristã, evitando envolver-se com questões do mundo (Hb 10.25; 2 Tm 2.4);
- Ocupe-se para o Senhor (Ec 9.10);
- Diga um sonoro “não” para os apetites ilícitos da carne (1 Co 9.27). Responda à tentação pecaminosa como um morto responderia (Rm 6.11). No momento de forte tentação, clame ao Senhor (Pv 18.10). Tome medidas rigorosas para evitar qualquer pecado (Mt 18.8). Fuja, não caia (2 Tm 2.22). Aquele que luta e foge sobrevive para lutar mais um dia.
- Controle seus pensamentos (Pv 23.7; Fp 4.8);
- Seja Cristocêntrico, não egocêntrico (Jo 16.14).
Agora faça o que tem de fazer, crendo que o Espírito está no controle.
Como é ser cheio do Espírito? A maior parte da vida provavelmente continuará sendo o habitual trabalho duro, rotineiro e secular. Às vezes, haverá picos. Porém, você perceberá que os mecanismos da vida se encaixam, que acontecem coisas incomuns. Você terá consciência de que o Senhor está operando em você e por seu intermédio. Sua vida reluzirá com o sobrenatural e, quando você tocar outras vidas, algo acontecerá para Deus.
Além disso, haverá poder (Lc 24.49; At 1.8), intrepidez (At 4.13,29,31), alegria (At 13.52), louvor (Lc 1.67-75; Ef 5.19-20) e submissão (Ef 5.21).
Um último aviso. A pessoa que é cheia do Espírito nunca diz que é. O ministério do Espírito é exaltar Cristo, não o crente. Vangloriar-se como se o tivesse alcançado é orgulho.
Como é ser cheio do Espírito? A maior parte da vida provavelmente continuará sendo o habitual trabalho duro, rotineiro e secular. Às vezes, haverá picos. Porém, você perceberá que os mecanismos da vida se encaixam, que acontecem coisas incomuns. Você terá consciência de que o Senhor está operando em você e por seu intermédio. Sua vida reluzirá com o sobrenatural e, quando você tocar outras vidas, algo acontecerá para Deus.
Além disso, haverá poder (Lc 24.49; At 1.8), intrepidez (At 4.13,29,31), alegria (At 13.52), louvor (Lc 1.67-75; Ef 5.19-20) e submissão (Ef 5.21).
Um último aviso. A pessoa que é cheia do Espírito nunca diz que é. O ministério do Espírito é exaltar Cristo, não o crente. Vangloriar-se como se o tivesse alcançado é orgulho.
Autor: William MacDonald